Luta Impetuosa
Oiço a água escorregar,
sinto o fervoroso suor destes azulejos,
fujo e refúgio me neste lugar,
perdido neste nevoeiro doentio e penoso,
Lentamente perco me num único desejo,
rasgo esta tenebrosa tempestade,
luto até ao último folgo,
até ao último batimento,
o meu coração respira bondade,
oh alma minha que me estrangula.
Vai te embora oh maldito sentimento!
Estou preso a ti como um insecto numa teia,
como se fosse a tua última ceia,
tento me libertar deste mar revolto,
este monstro que em mim se encontra solto,
quero fugir desta selva moribunda,
cheiro corrosivo que acorrenta suas raízes,
No meu bolso empobrecido carrego uma pequena funda,
ela e eu lutaremos até morrer,
enquanto meu suspiro não ceder,
sonharei erguer me homem,
sentir o calor daquela flor que um dia colhi,
que um dia em mim senti...
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