Passagens



Voam virgulas,


cruzam se pontos,


pausas e paragens,


ouvem se harmoniosos contos,


fazem-se viagens,


para onde nos leva o tempo,


este destino emparelhado,


fogosa azafama da vida,


acelera e desacelera a passos largos,


sento me num telhado,


sinto o sucumbir deste velho canto,


lembro o chilrear de passaros,


voando sobre o manto,


aterrando aqui e acolá,


momentos raros,


dispersa se a juventude,


está tudo tão rude,


erguem se tempestades,


já não oiço a bonança,


só mudança,


grandes fraudes,


decapitam o mundo,


cegam a natureza,


flutuam neste barco de tristeza,


quando, não sei,
morrerá no fundo...


Comentários

Al Reiffer disse…
Ótimo o teu blog, parabéns!
Marisa Góis disse…
Que poema linda! Não deixes de escrever :) Obrigada pela tua visita no meu blog de bijuteria. Volta mais vezes. Tenho sempre novidades.
♥ Bjinho grande ♥

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