Ilusão


senti apenas um assobio,

um pequeno e palpitante
arrepio,

queria mudar o rumo da minha vida,

deixar me socorrer
por barlavento,

esconder me em sotavento,

pareço envolvido em
lençóis,

que estrangulam me a alma,

como uma marcha de caracóis,

sinto me tonto e leve,

não fumei cannabis,

conto os segundos, minutos,

perco me neste mergulho sentimental,

recuo em velocidade
instantânea,

a memórias de prazos curtos,

sinto um calor imenso
e vitral,

queima me esta cor cutânea,

lanço me pela janela da certeza,

despertam
se minúsculas brisas,

mãos lisas,

acalmam me o coração,

libertam se lágrimas
de emoção,

parecia enfraquecer nesta luta,

suor penoso e árduo,

agora escorrego pelo enorme novelo,

forte e dourador que desembrulhei,

a luta
que lhe dei,

onde está o vento feroz que me assombrava?

a
trovoada rigorosa que me olhava?

a escuridão enraivecida?

venceu
a natureza,

os pomares, a terra, o sol,

as árvores, as flores e o
rio,

prevaleceu o bom deste mundo,

foi o que é sujo ao fundo,

acabou se a tristeza,

vou de férias recuperar,

tentar
apenas desfrutar
o melhor,

sem nenhuma dor,

a minha pequena e simples
vida.




o poeta








Comentários

Anónimo disse…
Muito lindo o Poema... palavras intensas que pegam o âmago da alma.
Seu blog é muito gostoso de estar..
A música eu amo de paixão.. A minha segunda preferida dele Paulo Gonzo, único e adorável. Leve Beijo Triste, se não me engano.
Perfeita a escolha!
Beijos e excelente FDS!
Joie

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