Saber Esperar
O meu coração parece uma erupção vulcânica,
nesta onda de piroclastos,
lá se vai o estudo da botânica,
lava que ateia pastos,
cheira me a enxofre,
criam se rios violentos
surgem bombardeamentos
a natureza chora e sofre.
Nesta hora cruel fogem multidões,
abrem-se portões,
pessoas que se assustam,
com a melodia deste vulcão,
que aparecia adormecido,
acordou em explosão,
parecia esquecido,
aves perdidas no tempo voam,
tentam escapar a fúria,
deste rebelde que procria,
o seu universo,
um clima perverso.
Só me resta esperar que algo aconteça,
que me caia nos braços um flor,
que me acalme esta dor,
que teatro sem peça,
aguento corajosamente este diluvio,
mas vou perder me entre esta avalanche,
perdi o meu lanche,
seguro me neste rio,
procuro por alguém,
mas quem???
A ti minha paixão,
poder de bela sedução,
caio neste fundo,
parece o fim do mundo,
um dia voltarei,
ressuscitarei,
para te encontrar...
o poeta
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