Perdição

ao subir esta escada,
me lembro cada beijo que te dei,
em cada degrau uma recordação,
subo até a esta velha e esquecida moradia,
cansado e nervoso,
irriquieta abominação,
momento assombroso,
penitência irradiada,
frequência absoluta máxima,
onde está a minha auto-estima,
onde carece esta vida que herdei,
onde me leva esta brisa reduzida,
este balanço carnal,
caminhos ofensivos e sem retorno,
nunca senti carisma espiritual,
tentação culminada em situação vivida,
pareço um forno,
sinto a pele a ferver,
o corpo a estremecer,
esta agonia prestável,
monotonia descartável,
corro entre as paredes desta imaginária gruta,
deste pequeno esconderijo onde me refugio,
preciso da tua fruta,
necessito do teu amor,
valentia dor,
que me corre nas veias,
grandes tareias,
que me elevam na assombração,
e me fazem perder a razão,
e enfraquecer este coração,
que um dia será perdição...

o poeta

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