Pequena Flôr



uma flor de cor purpura,
eu olho uma pétala de vida pura,
um estame de um fogoso magnetismo,
parece que sinto de baixo de mim um sismo,
sua seiva é doce,
seu olhar cativo,
parece castigo,
eu não quero ser trigo,
nem quero ser relativo,
eu quero ser você,
quero ser uma abelha para te poisar,
quero te poder acariciar,
que é isto que me consome,
parece fogo que me destroi,
boca que me come,
a alma me doí,
que ardor, suor,
deve ser amor,
e eu não consigo controlar,
te quero amar,
que vida, que momento,
vou ficar aqui neste banco de sofrimento,
vou ficar aqui contigo,
deixar te sozinha???
não consigo,
adeus solitária juventude,
não quero ser rude,
mas aqui neste jardim vou pernoitar,
quero ser teu amigo,
e nunca te deixar.

o poeta

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