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A mostrar mensagens de novembro, 2009

Coração Natalicio

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Estamos em Novembro, já penso em Dezembro , cheira me a natal, aquelas refeições deliciosas, sobremesas amorosas, a minha casa enfeitada, a mesa preparada, a família toda unida, mas sinto me tão pouco realizado, esqueço me da vida, saio a rua por uns momentos, um frio de arrepiar, congela me a alma, mastigo rebuçados " Mentos ", a noite esta calma, debruço me sobre uma cadeira húmida , de repente tenho uma visão, vejo tristeza, enorme pobreza, uma multidão de esfomeados, pouco agasalhados, apenas cobertores sujos e enrugados, oiço o roncar dos seus estômagos vazios, alguns caidos em contentores, rios de lágrimas, presos ao destino de Deus , rezando pedem salvação, aos ricos da nação, embrulhados em presentes milionários, palpitando em amnésia, habitantes de falésia, despreocupados do país relaxam, destroem e estragam, o nosso espaço, passeiam pelo paço, de olhos vendados, por Lisboa, mal-humorados, regresso á mesa recheada, abstenho me do que sonhei, oh minha ...

Tu

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passam horas, onde moras, não te escondas, debruça te sobre essa janela, que enfeitiça o teu quarto, torna te bela, e fico farto, de estar aqui Tão longe, parecendo estar perto, e torna-se incerto, não sou monge, nem de ferro, carrego um coração d'ouro, ao subir este miradouro, observo te, e penso como és perfeita, um regalo desta natureza imperfeita, sobressais a primeira vista, vestes um vestido lindo e perfumado, o cheiro que vai no ar é uma pista, das me a volta a cabeça, nem que eu meça, este sentimento que em mim se liberta, não é por medida, nem quantidade, é uma grandeza que me desperta, não me interessa a idade, sinto chegar o vento que me acolhe, vai levar por vales e colinas, nem que a chuva molhe, eu vou te encontrar, nem que percorra minas, semeaste em mim uma planta,cresceu, deu a luz este fruto, é um amor saciante, intenso, sem nada de bruto, é verdadeiramente inocente, traços de eloquente, eu vou te amar para sempre, oh terra de um só ventre. o poeta

Desabafos

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Solto a voz, gritos arrasadores, ventos enfurecedores, corro sem rumo, sem destino ou paragem, a chuva liberta me emoções, provoca calores, explosões, onde pára esta viagem, esta muralha de fraquezas, procuro entre arbustos envelhecidos, lembranças infantis, momentos nunca esquecidos, outraora sentidos, brincadeiras inocentes, amigos infinitos, saltavam, corriam, escondiam-se, cantavam, divertimentos vividos, deparo me sozinho, nesta floresta por onde caminho, agora solitária, assombrosa, erudita, despareceu a alegria, liberdade de um dia, desapareceu, o mundo cedeu, enolvidas num remoinho, folhas se dispersam, fujo desta planície, fogosamente apetecível, vou...vou para onde, confusões mentais, deixo me levar pelo vento, com a minha bussola, o meu coração. o poeta