Desatino
Saindo pela rua, Pelo meio da multidão, Reflecte-se injustiças, Um mar de cobiças, Começa a chover, Lava-se o chão, Sinto um arrepio, Frio a morder, Entro num café pequeno e rústico, Joga se a sueca, Sento me ouvindo o ranger da madeira de um banco mítico, Conservado com óleo de teca, Feito pelo carpinteiro antigo Rico em corticeira, Tomo o pequeno-almoço, Descanso e vou, Caminho pelo centro sem destino, Lembra me brincadeiras de moço, Oiço música sem afino, Vagueio em lembranças, Agora ocorrem mudanças, O dia foge, A noite aproxima se, O sol espreguiça se, Caminho solitário, Pensando... o poeta